O efeito Pinto da Costa
ACABOU COM HEGEMONIA ENCARNADA NO FUTEBOL
A 20 de Junho de 1995, no Parque dos Príncipes, em Paris, momentos antes da finalíssima da Supertaça 1994/95, Pinto da Costa deteve-se junto da águia que, instantes antes, passeara orgulhosa e altiva à volta do relvado e não resistiu a um impulso: passou a mão pela plumagem da ave.
Um gesto que mais não foi que um reflexo do que viria a verificar-se no placar final do desafio – a vitória do FC Porto sobre o Benfica por 1-0 (golo de Domingos) – e no panorama do futebol português desde que Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu a presidência dos dragões em 17 de Abril de 1982.
São já 26 anos nas rédeas do FC Porto, clube que, nestas últimas três décadas, inverteu a “ordem natural” do futebol português. O Benfica ainda pode ser o mais bem sucedido na história do campeonato nacional (31 ceptros contra 23 dos azuis e brancos), mas desde que PC entrou em “jogo”, os dragões conquistaram 16 títulos de campeão contra apenas 7 dos encarnados.
A comparação futebolística é ainda mais avassaladora, pois, na “era PC” o Benfica perde em toda a linha (só iguala os portistas nos títulos de juvenis, 9 para cada um).
De resto, no futebol sénior, a gestão de Pinto da Costa encurtou, e de que maneira, a diferença para o clube da águia: o Benfica exibe 65 títulos, só mais quatro que o FC Porto (61). E nem vale a pena trazer à baila as outras modalidades, tantos foram os títulos no andebol, basquetebol, hóquei em patins, natação, voleibol, boxe, halterofilismo, bilhar, durante o seu amparo.
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