Benfica - 2 Sporting - 0

O Benfica ganhou hoje o "derby" de Lisboa frente ao eterno rival de Alvalade por 2 a 0, num jogo emotivo e onde foram vistos momentos bom futebol.
As duas partes foram bem distintas:
Na primeira, o SCP entrou bem, a velocidade de Djaló embaraçou a defesa do Benfica e o meio campo verde controlava o centro do terreno, impossibilitando a construção do jogo dos encarnados.
Nuno Gomes podia ter inaugurado o marcador mas falhou uma emenda já dentro da pequena área e na resposta Quim teve de se aplicar para defender um bom remate de Postiga que tinha selo de golo.
Na segunda parte tudo mudou. O Benfica entrou bem, o Sporting não conseguiu organizar o seu jogo e Reyes, que já tinha tido bons pormenores na 1ª parte (aquela arrancada pelo meio de 3 defesas do Sporting...) arranca para o coroar do seu melhor jogo com a camisola encarnada, combinando com o recém entrado Aimar para marcar um golão!
O nosso "Cigano" também marca de trivela!!!
Daí prá frente, o Sporting não mais se encontrou e o segundo golo do Benfica só veio confirmar uma justíssima vitória encarnada.

Individualmente.
Quim: De volta aos grandes momentos, o guarda-redes encarnado salvou o Benfica em duas/três ocasiões e deu confiança à defesa. Em boa hora regressou às boas exibições.
Maxi: Afoito mas sempre preocupado em não abrir espaços nas suas costas, cumpriu.
Jorge Ribeiro: Ninguém esquece a sua saída atribulada da Luz, mas Quique parece apostar nele e, até ver, tem merecido o voto de confiança. Boas combinações com Reyes.
SIdney: Gigante. Na primeira parte foi ele que salvou o SLB quando Miguel Vítor deixou fugir primeiro Djaló e depois Postiga. Cortes na hora certa, seguríssimo no ar, sempre bem posicionado, sem medo de sair com a bola controlada. Se mantiver este nível, temos jogador.
Miguel Vítor: Tremeu perante a mobilidade dos avançados verdes nos instantes iniciais mas foi acalmando e melhorou até final.
Yebda: o "tanque" francês é uma peça fundamental do nosso meio campo. Um trinco que nâo tem medo de ter a bola, de fintar, de atacar. É para mim a maior surpresa (no que diz respeito à qualidade demonstrada até ao momento) do defeso e ainda me custa a crer que tenha vindo a custo zero do Le Mans (será só fogo de vista?).
Carlos Martins: tem vindo a perder preponderãncia na manobra da equipa perante o que mostrou na pré-época mas cumpriu. Bom passe para o segundo golo.
Rúbem Amorim: Quique confia nele para fechar o meio-campo, para equilibrar uma equipa ainda em construção. É um jogador inteligente mas que não tem características para criar jogo e o Benfica estava coxo do lado direito do ataque. Bem substituído.
Reyes: Em grande! Antes do golo só ele fazia acreditar que era possível, só as suas arrancadas davam esperança. Defendeu, atacou, saiu aplaudido de pé. Este Reyes é indubitavelmente uma mais-valia.
Nuno Gomes: lutador como sempre, perdulário como de costume. Aquele desvio tinha de dar golo Nuno...
Cardozo: Ainda não se encontrou neste início de época. Parece-me que tem consciência que, uma vez recuperado Suazo, perderá o lugar no onze. Mas para dificultar a escolha do treinador tem de fazer mais.
Katsouranis: no seu estilo, foi importante para segurar o meio campo. Bem.
Aimar: quando entrou, organizou. Quique disse que ele era um dos melhores do mundo no último passe. Reyes também acha.

P.S.: os últimos dez minutos a jogar com 10? E alguém notou?

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