No pior jogo da época, salvaram-se os três pontos.
Quique quer criar rotinas no célebre "losango" e optou por deixar de fora Reyes para dar maior protagonismo a Aimar. Até aceito esta táctica, mas penso que Quique deveria ter jogado com apenas um trinco (Katso ou Yebda) e Reyes assumiria o vértice esquerdo do losango. A equipa ficaria menos equilibrada mas com maior poder ofensivo e, tendo em conta o adversário, tal situação (desiquilíbrio na hora de defender) não me parece demasiado problemática.
Assim não foi e, de facto, o Benfica foi uma equipa equilibrada mas sem rasgo, sem capacidade colectiva para criar lances claros de golo, exceptuando iniciativas individuais de Aimar (especialmente no último passe) e arrancadas de Suazo.
Perdulário no ataque (o hondurenho esteve particularmente mal), o Benfica da primeira parte do jogo não mostrou vontade de resolver a partida, na expectativa que esta se resolvesse por si própria.
Na segunda parte, mais do mesmo, com a diferença que Sidnei lembrou-se de fazer o que os colegas de ataque não conseguiram: passe para Aimar e desmarcação em direcção à baliza, o argentino faz um passe para a área onde Nuno Gomes segura o defesa e abre para o defesa central brasileiro rematar cruzado sem hipóteses para Nélson. Bela jogada, belo golo, mas a equipa não aproveitou o tónico para crescer e a exibição manteve-se pobre até final, terminando o jogo num sufoco desnecessário.
Salvou-se portanto a conquista dos 3 pontos, mas ficou claro que deveria ter havido mais Benfica, pois o Estrela está entre as equipas mais fracas da Liga, especialmente no capítulo atacante.
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