Foi uma jornada bem estranha, daquelas que eram comuns no pré-Apito Dourado e que parecem querer voltar agora que o processo se arrasta no descrédito absoluto.
O Porto perde em casa da Naval (com Bruno Alves a dar mais um exemplo do seu jogo aéreo imperial, partindo a cabeça a um adversário com o cotovelo... tendo o árbitro mandado seguir...) e o Sporting lá conseguiu vencer, ainda que o senhor do apito tudo tenha feito para o evitar (então o fiscal de linha...).
Com o FCP a ser beneficiado e o SCP prejudicado, já esperava uma arbitragem a complicar um jogo que seria sempre difícil, pois o Guimarães, apesar de ter uma equipa medíocre (e pensar que estes tipos podiam estar na Champions a representar Portugal...), certamente quereria usar a motivação especial que advém de defrontar o Benfica para sair da crise instalada.
Quique fez alinhar Aimar e Suazo à frente da equipa esperada e, uma vez mais, provou-se que o treinador conhece bem o plantel e fez uma escolha acertadíssima.
Minuto 3, primeiro caso do jogo: Aimar cai na área, sofrendo toque do defesa do Vitória, mas até aceito que não se marque o penalti pois o benfiquista já ia em queda. Qualquer que fosse a decisão de Xistra, aceitaria (ainda que a minha opinião penda para o assinalar do penalti pois o defesa do Guimarães toca o pé de Aimar e não a bola).
Aimar dinamitou o meio-campo do Vitória e, com um passe magistral, cria a oportunidade para Suazo mostrar predicados. O hondurenho inventa um golo com uma arrancada fantástica, sozinho contra 2 defesas, e marca o golo 5000 do Benfica, entrando para a história do clube.
Ao contrário do que se tem verificado, o Benfica não adormeceu com o golo marcado, muito por culpa de Aimar que esteve sempre irrequieto (uma vez mais isolou Suazo mas o fiscal de linha, erradamente, assinalou fora de jogo). Num livre (falta sobre Aimar), Reyes centra para a cabeça de Sidney e estava feito o segundo.
O golo do Guimarães surge contra a corrente do jogo, numa falha de comunicação entre Maxi e Luisão (em que Luisão compromete no corte) que permite o golo a Douglas.
Para terminar a primeira parte, Reyes vê duplo amarelo e é expulso. Já vi jogadores a fazerem bem pior e a ficarem em campo (vide Bruno Alves) mas, se Xistra mantivesse o critério, então havia que aceitar.
A segunda parte trouxe um Benfica lutador, com muita entreajuda na defesa e que, para dizer a verdade, nem teve muito trabalho para parar este Guimarães que usou e abusou dos centros da esquerda (Luciano Amaral) para a área, onde Sidney e Luisão foram soberbos.
Nesta segunda parte, o que houve de diferente foi o senhor Xistra: Andrezinho agride Suazo (com os pitons) na cara e o árbitro manda seguir (nem jogo perigoso, nadinha...), Douglas tenta iludir o árbitro tocando a bola com a mão dentro da área e não foi amarelado, um sem fim de simulações e Xistra sempre a mandar seguir. Muito bem, não foi por ti que o Benfica ganhou.
Ainda assim, muito devido à inépcia do Vitória, o Benfica sai de Guimarães com 3 pontos depois de um jogo importante para fortalecer o espírito do grupo encarnado.
Quim: Sem hipóteses no golo do Vitória, só foi chamado a intervir num remate de João Alves e esteve bem. Parabéns pelo jogo 300.
Maxi: Deixou fugir Douglas no lance do golo mas cumpriu no resto da partida.
Luisão: Tremeu com o corte falhado no golo do Vitória mas foi muito importante a defender a sua baliza quando o Guimarães insistiu nas bolas bombeadas para a área.
Sidney: Mais um jogo fantástico do brasileiro. Começam a faltar atributos para classificar o jovem defesa encarnado.
Jorge Ribeiro: Cumpriu a defender e, perto do final do jogo, ainda teve pernas para um sprint e para fazer um centro perfeito para Yebda desperdiçar.
Yebda: De volta aos jogos bem conseguidos, só foi pena não ter marcado.
Ruben Amorim: Bem ao seu estilo, cumpre sem deslumbrar, numa missão de sacrifício para ajudar a equipa.
Katsouranis: Cérebro do meio campo defensivo, tapou os caminhos para a baliza de Quim.
Reyes: Entrou bem, rematou, assistiu Sidney para o 2 golo do Benfica e foi expulso numa infantilidade. Esperemos que não se note a sua falta na Amadora.
Aimar: Não te lesiones... Ainda na sexta os meus caros colegas de blog o classificavam como um flop... 2 jogos a titular, 2 assistências para golo, sendo esta a melhor que vi na liga portuguesa em muitos anos. (João Vieira Pinto resumiu assim: "Joguei muitos anos e nunca soube fazer aquilo").
Suazo: Grande poder de explosão, grande remate, grande golo. Que enorme jogador.
Binya, Carlos Martins e Cardozo: Trabalhar para segurar o resultado.
Quique: Esteve uma vez mais bem, escolhendo um onze surpreendente (tira o melhor e segundo melhor marcadores da equipa).
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