The Lord of the Rings

Já Rui Reininho diz numa música dos GNR que aos dezasseis ainda “não tiveste tempo de ler o Senhor dos Anéis, só de uma vez”. Confesso que até terem saído os filmes nunca tinha ouvido falar quer de Tolkien quer da obra/imaginário que o tornou famoso (“como diz na contracapa, citando um editor inglês, “o mundo de língua inglesa divide-se em dois tipos de pessoas: os que já leram o Senhor dos Anéis e os que ainda o vão ler”), mas fiquei viciado na fantástica obra de Peter Jackson quando vi os filmes no cinema.
Esse vício só aumentou quando vi as versões alargadas, que me deram mais 40 minutos (em cada filme!) de uma obra extraordinária, acrescentando importantes pormenores e enriquecendo ainda mais (algo realmente difícil) o enredo e os momentos marcantes da história da Guerra do Anel.
Por isso mesmo, foi com grande alegria que vi na Fnac os livros a 4,99€ (com excepção do terceiro volume) e de imediato preparei-me para voltar a mergulhar no mundo de Tolkien, com a expectativa no máximo, visto cada volume ter cerca de 500 páginas, clara sugestão de um argumento mais denso e mais detalhado.
Com o primeiro volume, “A Irmandade do Anel”, as expectativas não ficaram goradas, sendo o livro francamente superior ao filme, quer em detalhe quer em cenas completamente esquecidas no cinema (ainda que a sua omissão seja compreensível pois exigiriam pelo menos mais uma hora de filme. Certo, meu caro Tom Bombadil?).
Já no segundo livro, “As Duas Torres”, estando a leitura a meio da obra, confesso que estou um pouco decepcionado. Sendo este o meu filme preferido, esperava que também o livro fosse o melhor, mas para já essa expectativa tem saído gorada. Por exemplo, a cena em que Gandalf liberta Théoden do jugo de Saruman ou, miséria das misérias, a portentosa batalha do Abismo do Elmo, são cenas francamente superiores na sua adaptação cinematográfica, quer em detalhe quer em espectacularidade.
Ainda não acabei este livro e depois deste virá o terceiro, mas pela primeira vez estou a ler um livro e a pensar: o filme é bem melhor.
E isto para mim é novidade.

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