O dilúvio era tal que, até o normalmente imaculado relvado da Luz, se apresentava completamente alagado, tornando-o impróprio para a prática do futebol. Aliás, desde cedo se percebeu que seria o estado do relvado o maior opositor dos encarnados neste desafio, na medida em que impossibilitava por completo o jogo de passes curtos e de arrancadas da equipa da Luz, favorecendo o processo defensivo dos vila-condenses, pelo que só um canto, livre ou remate de longe parecia capaz de abrir o caminho para a vitória.
Foi o Rio Ave que melhor se adaptou ao estado do relvado, tentando o contra-ataque com as movimentações do velocista Iazalde a confundirem Luisão e Sidney, a quem o relvado pesado tornava os arranque ainda mais lentos. Ainda assim, não houve da parte dos vila-condenses arte e saber para criar reais situações de perigo até que, passada meia-hora de jogo, o Benfica acertou o processo ofensivo e por 3 vezes esteve perto de inaugurar o marcador. Primeiro Cardozo atira ao poste, Di Maria falha escandalosamente e. num livre, Carlos Martins atira para a defesa da noite.
Com a segunda parte, o Benfica domina por completo (o Rio Ave parece nem sair da sua grande área) e Cardozo volta a atirar uma bola ao poste, desta vez num cabeceamento. O nulo já parecia inevitável quando entra Mantorras.
E o angolano voltou, uma vez mais, a trazer a alegria aos adeptos benfiquistas, marcando o golo da vitória.
Até final o Benfica perdeu o controlo da partida e o Rio Ave este mesmo perto de marcar, mas o resultado aguentou-se e somaram-se mais 3 pontos.
Notas:
Cardozo: homem do jogo, lutador como deveria ser sempre, com faro de ponta-de-lança, voltámos a ver o melhor que o paraguaio tem para dar à equipa, faltando apenas o golo que seria totalmente merecido. Assim sim, Cardozo.
Moreira: continua a não me convencer. Inseguro, não transmite confiança à equipa.
Quique: muito bem na escolha da equipa incial (colocar Aimar neste terreno era jogar com 1 a menos) e bem nas substituições. Pra semana, Reyes a titular no Dragão.
Mantorras: quando chegou ao Benfica, tinha potencial para ser um avançado do top 5 mundial. Força, aceleração, finta e uma assinalável capacidade de finalização. As lesões impediram-no de chegar tão longe mas, uma vez mais, voltou a ser talismã como foi na época do título. Parabéns Mantorras.
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