Manuel Vilarinho acusado de agressões a mulher brasileira

O ex-presidente do Benfica é suspeito de ter esmurrado Juliana Boncristiano num aparthotel em Sagres. O Ministério Público de Lagos acusa-o de um crime punível com três anos de prisão.

Conheceram-se em Barcelona, depois um Espanhol-Benfica que acabou com a carreira dos 'encarnado's na Taça UEFA, em Março de 2007. Juliana Boncristiano era bailarina profissional num bar e Manuel Vilarinho convidou-a para umas mini-férias no Algarve. "Eu faço strip, ele viu e insistiu muito para eu vir a Portugal. Como era casado, tinha de ser no Algarve. Aceitei", disse ao Expresso.

A 24 de Abril de 2007, às quatro da manhã, a GNR de Sagres foi chamada a um aparthotel para resolver uma queixa de agressão. A mulher foi levada ao hospital. O homem não foi detido porque não houve flagrante delito. De acordo com a acusação do Ministério Público de Lagos, "Manuel Vilarinho desferiu em Juliana Boncristiano um número indeterminado de socos que a atingiram na cabeça e nos membros superiores, causando-lhe dores e equimoses no ombro direito e no braço esquerdo".

O presidente da Assembleia-Geral do Benfica é acusado de ofensa à integridade física simples, punível com três anos de prisão ou multa. Depende da queixa e só haverá condenação em tribunal se ficar provado que Vilarinho foi o primeiro a agredir.

Juliana, que entretanto voltou a Espanha e diz ter deixado o mundo da noite, garante nada ter feito para provocar as agressões: "Fomos jantar fora com um casal amigo e o Manuel Vilarinho bebeu bastante. Pediu-me para levar o Mercedes e, ao estacionar, uma pedra bateu no fundo do carro. Ele ficou furioso e começou logo a discutir. Parece uma pessoa normal, mas fica transtornado com a bebida".

A discussão foi ouvida pelo vigilante do aparthotel. "Só sabemos o que se passou fora do quarto, lá dentro não sei", descreve um responsável do aparthotel.

"Quando chegámos ao quarto começámos a discutir e ele agrediu-me. Deu-me empurrões, socos e não me deixava sair do quarto. Só não me bateu mais porque me defendi. Fui ao carro dele buscar uma daquelas armas que dão choques e chamei a Polícia", conta Juliana, que apresentou queixa e voltou a Espanha.

"Recebi ameaças para não ir com isto para a frente, mas não podia desisitir. O meu pai e a minha mãe nunca me bateram e não admito que encostem a mão em mim", relata a cidadã brasileira.

Durante dois dias o Expresso tentou contactar Manuel Vilarinho, que teve sempre o telemóvel desligado.

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